Os quatro orcs do Brado Guerreiro se atiraram para cima de Garrosh, agarrando-o. Ele caiu de costas, rugindo e cobrindo o rosto com as mãos, punhos e pés choveram sobre ele. A multidão rugiu, aprovando.
Acidentes acontecem — disse seu pai. Claramente todos queriam um acidente agora. O estilhaço de vidro estava enfiado às costas de Garrosh, sob a cinta, enrolado em tecido, mas a ponta se enfiava dolorosamente nas costas de Garrosh. Ele sentiu a tentação de puxar o estilhaço… não. Não. Não adiantaria nada. Revelar uma arma escondida era desonesto e só garantiria sua morte.
A velha e familiar sede de sangue inundou sua mente, mas ele resistiu a tentação do frenesi. Quatro contra um não era coisa para resolver na força bruta. Ele balançou de um lado a outro, tentando receber os golpes na carne, não nos ossos. Até funcionava, mas logo a dor começou a se espraiar por todo o seu corpo.
Pelo menos nenhuma costela tinha se quebrado ainda. Não recebera nenhum golpe no queixo ou nas têmporas.
Seus atacantes tinham sucumbido à fúria. Cada soco e chute vinha com a intenção de matar. Estavam desperdiçando energia.
Garrosh continuou se movendo, chutando, lutando, tentando evitar os golpes que o aleijariam, deixando-o indefeso.
Ele tinha passado por muita coisa para morrer agora.
Um dos orcs martelava sua cabeça com chutes ritmados. Bam. Bam. Bam.Era previsível. Garrosh esticou os braços e envolveu a canela do orc com a corrente que unia seus pulsos.
Então ele sorriu.
***
Grommash sacudiu a cabeça e se virou para um dos guerreiros à sua esquerda. — Quando isso acabar, livrem-se dele rápido. Ele pode ser louco, mas talvez seja importante para alguém. Não quero rixa de sangue por causa desse tolo.
O guerreiro riu. — Pelo menos ele sabe morrer.
— Sabe, sim. — Grommash não conseguia ver quase nada além de um borrão de golpes dentro no fosso, vislumbrando o estranho a espaços. Ele ainda se mexia e lutava, ainda deitado de costas, recusando-se a se render. — Ele levou minhas instruções a sério. Pior pra ele.
Um dos quatro orcs no fosso saltou para trás subitamente, rugindo de dor. Seu pé esquerdo dependurava-se em um ângulo errado. Grommash e os outros riram. Chutou tão forte que quebrou o pé.O orc ferido rilhou os dentes e voltou para a refrega, rosnando e cobrindo a cabeça do estranho de socos. Logo em seguida houve outro grito de dor e o mesmo orc cambaleou para longe com o pulso torcido e quebrado.
Alguns na multidão ficaram quietos. Grommash também. Ele vira o que eles tinham visto: o estranho tinha usado a corrente como arma.
E aquilo foi só o começo. Um chute acertou o joelho de um dos orcs e o fraturou. Outro chute acertou um orc entre as pernas, derrubando-o. em alguns instantes o estranho tinha incapacitado ou atordoado três oponentes.
A animação ao redor do fosso cessou subitamente.
O último orc rosnou e recuou para fora do alcance dos chutes, permitindo que o estranho se erguesse respirando forte, trôpego, mas ainda estável. Ele encarou o último oponente e eles investiram um contra o outro.
Grommash não piscava. Não acreditava no que estava vendo. Nada de medo, nada de hesitação. Violência encarnada. Sede de sangue canalizada em puro poder. Uma mente devotada apenas à vitória, sem nada que a distraísse.
"É assim que eu luto"pensou Grito Infernal.
O orc do Brado Guerreiro acertou o estranho no estômago uma, duas, três vezes, então o prendeu pelo pescoço. O estranho entrelaçou os dedos e ergueu as mãos feito um martelo, acertando o queixo do orc. Houve um som repulsivo quando a mandíbula do orc se fechou violentamente. Dois dentes saíram voando. Ele caiu para trás, revirando os olhos.
Tinha acabado.
Os três orcs machucados começaram a se levantar, aproximando-se lentamente do estranho, recusando-se a desistir, embora tivessem sido obviamente espancados. O Mak'Rogahn assim o exigia. Enquanto pudessem lutar, lutariam.
O estranho se afastou deles. — Já provei que meu coração é do Brado Guerreiro, Grito Infernal! Eles provaram? — perguntou ele. — Ou será que preciso matá-los?
Grommash não respondeu. Ele estava observando. Ouvindo. A multidão murmurava: "Ele luta... ele luta como Grito Infernal..."
O orc com o joelho fraturado se forçou a rastejar de quatro na direção do estranho. cada movimento o fazia arquejar de dor. O estranho recuou mais, até chegar à borda do fosso. — Chefe Grito Infernal, eu não vim matar os membros do Brado Guerreiro. Eu vim para salvá-los — disse ele.
— Já chega — disse Grommash. — A luta acabou. — O orc ferido desabou.
Grito Infernal desceu para o fosso segurando Uivo Sangrento. O estranho ficou parado. Todo o clã susteve a respiração.
Grommash se aproximou até ficar a um passo de distância do estranho e o inspecionou com cuidado. A tatuagem facial, as cicatrizes, os olhos ferozes, o semblante estranhamente familiar. O estilo de luta. Os grilhões, marcados com a insígnia de um animal que Grommash nunca vira. — O que é isso? — Perguntou ele, calmamente.
— É Xuen, o Tigre Branco, a marca dos Shado-pan — respondeu o estranho.
— De quem?
— Eu venho de muito longe, Grito Infernal. — O estranho falou suavemente. Havia desespero em seus olhos, mas não loucura. — Meu caminho agora não importa O seu caminho é tudo o que interessa, e é por isso que eu estou aqui.
Os sussurros da multidão ainda chegavam até o fosso: "Ele luta como Grito Infernal".
Grommash ergueu Uivo Sangrento bem alto e o fez descer. O machado gritou ao cortar o ar.
Clang.
As mãos do estranho finalmente se separaram, indo repousar ao lado do seu corpo. Os grilhões tinham se partido.
— Acho que nunca vi um orc como você — disse Grommash. — Venha. Vamos conversar. Mas fique avisado — disse ele, encostando o fio de Uivo Sangrento no pescoço do estranho. — Se você desperdiçar meu tempo, se seu intento for prejudicar meu clã... eu vou arrancar sua cabeça.
O estranho não tremeu, não piscou. — Se minhas palavras de nada servirem, não vou me opor. Se eu fracassar aqui, minha vida não vai valer nada.
— Muito bem. — Grommash saiu do fosso e caminhou de volta para a tenda. O estranho o seguiu.
Os quatro orcs do Brado Guerreiro se atiraram para cima de Garrosh, agarrando-o. Ele caiu de costas, rugindo e cobrindo o rosto com as mãos, punhos e pés choveram sobre ele. A multidão rugiu, aprovando.
Acidentes acontecem — disse seu pai. Claramente todos queriam um acidente agora. O estilhaço de vidro estava enfiado às costas de Garrosh, sob a cinta, enrolado em tecido, mas a ponta se enfiava dolorosamente nas costas de Garrosh. Ele sentiu a tentação de puxar o estilhaço… não. Não. Não adiantaria nada. Revelar uma arma escondida era desonesto e só garantiria sua morte.
A velha e familiar sede de sangue inundou sua mente, mas ele resistiu a tentação do frenesi. Quatro contra um não era coisa para resolver na força bruta. Ele balançou de um lado a outro, tentando receber os golpes na carne, não nos ossos. Até funcionava, mas logo a dor começou a se espraiar por todo o seu corpo.
Pelo menos nenhuma costela tinha se quebrado ainda. Não recebera nenhum golpe no queixo ou nas têmporas.
Seus atacantes tinham sucumbido à fúria. Cada soco e chute vinha com a intenção de matar. Estavam desperdiçando energia.
Garrosh continuou se movendo, chutando, lutando, tentando evitar os golpes que o aleijariam, deixando-o indefeso.
Ele tinha passado por muita coisa para morrer agora.
Um dos orcs martelava sua cabeça com chutes ritmados. Bam. Bam. Bam.Era previsível. Garrosh esticou os braços e envolveu a canela do orc com a corrente que unia seus pulsos.
Então ele sorriu.
***
Grommash sacudiu a cabeça e se virou para um dos guerreiros à sua esquerda. — Quando isso acabar, livrem-se dele rápido. Ele pode ser louco, mas talvez seja importante para alguém. Não quero rixa de sangue por causa desse tolo.
O guerreiro riu. — Pelo menos ele sabe morrer.
— Sabe, sim. — Grommash não conseguia ver quase nada além de um borrão de golpes dentro no fosso, vislumbrando o estranho a espaços. Ele ainda se mexia e lutava, ainda deitado de costas, recusando-se a se render. — Ele levou minhas instruções a sério. Pior pra ele.
Um dos quatro orcs no fosso saltou para trás subitamente, rugindo de dor. Seu pé esquerdo dependurava-se em um ângulo errado. Grommash e os outros riram. Chutou tão forte que quebrou o pé.O orc ferido rilhou os dentes e voltou para a refrega, rosnando e cobrindo a cabeça do estranho de socos. Logo em seguida houve outro grito de dor e o mesmo orc cambaleou para longe com o pulso torcido e quebrado.
Alguns na multidão ficaram quietos. Grommash também. Ele vira o que eles tinham visto: o estranho tinha usado a corrente como arma.
E aquilo foi só o começo. Um chute acertou o joelho de um dos orcs e o fraturou. Outro chute acertou um orc entre as pernas, derrubando-o. em alguns instantes o estranho tinha incapacitado ou atordoado três oponentes.
A animação ao redor do fosso cessou subitamente.
O último orc rosnou e recuou para fora do alcance dos chutes, permitindo que o estranho se erguesse respirando forte, trôpego, mas ainda estável. Ele encarou o último oponente e eles investiram um contra o outro.
Grommash não piscava. Não acreditava no que estava vendo. Nada de medo, nada de hesitação. Violência encarnada. Sede de sangue canalizada em puro poder. Uma mente devotada apenas à vitória, sem nada que a distraísse.
"É assim que eu luto"pensou Grito Infernal.
O orc do Brado Guerreiro acertou o estranho no estômago uma, duas, três vezes, então o prendeu pelo pescoço. O estranho entrelaçou os dedos e ergueu as mãos feito um martelo, acertando o queixo do orc. Houve um som repulsivo quando a mandíbula do orc se fechou violentamente. Dois dentes saíram voando. Ele caiu para trás, revirando os olhos.
Tinha acabado.
Os três orcs machucados começaram a se levantar, aproximando-se lentamente do estranho, recusando-se a desistir, embora tivessem sido obviamente espancados. O Mak'Rogahn assim o exigia. Enquanto pudessem lutar, lutariam.
O estranho se afastou deles. — Já provei que meu coração é do Brado Guerreiro, Grito Infernal! Eles provaram? — perguntou ele. — Ou será que preciso matá-los?
Grommash não respondeu. Ele estava observando. Ouvindo. A multidão murmurava: "Ele luta... ele luta como Grito Infernal..."
O orc com o joelho fraturado se forçou a rastejar de quatro na direção do estranho. cada movimento o fazia arquejar de dor. O estranho recuou mais, até chegar à borda do fosso. — Chefe Grito Infernal, eu não vim matar os membros do Brado Guerreiro. Eu vim para salvá-los — disse ele.
— Já chega — disse Grommash. — A luta acabou. — O orc ferido desabou.
Grito Infernal desceu para o fosso segurando Uivo Sangrento. O estranho ficou parado. Todo o clã susteve a respiração.
Grommash se aproximou até ficar a um passo de distância do estranho e o inspecionou com cuidado. A tatuagem facial, as cicatrizes, os olhos ferozes, o semblante estranhamente familiar. O estilo de luta. Os grilhões, marcados com a insígnia de um animal que Grommash nunca vira. — O que é isso? — Perguntou ele, calmamente.
— É Xuen, o Tigre Branco, a marca dos Shado-pan — respondeu o estranho.
— De quem?
— Eu venho de muito longe, Grito Infernal. — O estranho falou suavemente. Havia desespero em seus olhos, mas não loucura. — Meu caminho agora não importa O seu caminho é tudo o que interessa, e é por isso que eu estou aqui.
Os sussurros da multidão ainda chegavam até o fosso: "Ele luta como Grito Infernal".
Grommash ergueu Uivo Sangrento bem alto e o fez descer. O machado gritou ao cortar o ar.
Clang.
As mãos do estranho finalmente se separaram, indo repousar ao lado do seu corpo. Os grilhões tinham se partido.
— Acho que nunca vi um orc como você — disse Grommash. — Venha. Vamos conversar. Mas fique avisado — disse ele, encostando o fio de Uivo Sangrento no pescoço do estranho. — Se você desperdiçar meu tempo, se seu intento for prejudicar meu clã... eu vou arrancar sua cabeça.
O estranho não tremeu, não piscou. — Se minhas palavras de nada servirem, não vou me opor. Se eu fracassar aqui, minha vida não vai valer nada.
— Muito bem. — Grommash saiu do fosso e caminhou de volta para a tenda. O estranho o seguiu.
Continua...
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